Em dezembro de 2010, a U.S. Federal Communications Commission (FCC) lançou o Pedido de Internet Aberta de 2010. O pedido reafirmou o compromisso da FCC em preservar uma Internet aberta e impedir que os provedores de banda larga se envolvam em práticas que limitem ou restrinjam o acesso à Internet. O pedido também incluiu novos requisitos de transparência para os provedores de banda larga, bem como uma nova regra de “não bloqueio” que proibia os provedores de banda larga de bloquear o acesso a conteúdo, aplicativos ou serviços lícitos. O que é uma Internet aberta? Uma internet aberta é uma rede onde não há restrição quanto ao tipo de conteúdo que pode ser acessado pelos usuários. Isto significa que todos os sites e aplicativos estão disponíveis para os usuários sem qualquer censura ou filtragem do provedor de rede. Uma Internet aberta também é por vezes referida como uma Internet livre e aberta, ou neutralidade da rede.
Quem é contra a neutralidade da rede?
Não há uma resposta única para esta pergunta, pois há uma discordância significativa sobre o que “neutralidade da rede” realmente significa. No entanto, existem alguns grupos chave que geralmente se opõem à regulamentação da neutralidade da rede, incluindo provedores de serviços de Internet (ISPs), algumas empresas e alguns grupos de reflexão e organizações conservadoras/libertárias.
Os ISPs são talvez os oponentes mais vocais à regulação da neutralidade da rede, pois isso provavelmente significaria um aumento dos custos e uma diminuição dos lucros para eles. Eles argumentam que deveriam ser capazes de cobrar taxas diferentes para diferentes tipos de tráfego, e que deveriam ser capazes de bloquear ou estrangular o tráfego que eles consideram prejudicial ou indesejado.
Algumas empresas também se opõem à regulação da neutralidade da rede, pois acreditam que isso daria uma vantagem injusta às empresas maiores, que podem pagar por um tratamento preferencial. Argumentam que a igualdade de condições é essencial para a concorrência e que a neutralidade da rede levaria a um cenário de “o vencedor leva tudo”.
Finalmente, há uma série de grupos de reflexão e organizações conservadoras e libertárias que se opõem à regulamentação da neutralidade da rede, com o argumento de que se trata de uma intrusão governamental no mercado livre. Eles argumentam que o mercado deve ser autorizado a separar vencedores e perdedores, e que a intervenção do governo só levará à ineficiência e ao compadrio. O que a FCC tem feito recentemente em relação à reclassificação da banda larga como uma utilidade? A FCC não tomou nenhuma ação recente para reclassificar a banda larga como uma empresa de serviços públicos.
O que é o pedido de Internet Aberta 2015?
O pedido de Internet Aberta 2015 é um conjunto de regulamentos promulgados pela Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) em 26 de fevereiro de 2015, em um esforço para garantir que os provedores de serviços de Internet (ISPs) tratem todos os dados que fluem através de suas redes de forma justa, sem considerar a fonte, o conteúdo ou o destino dos dados.
A ordem foi uma resposta a uma decisão judicial de 2012 que derrubou as tentativas anteriores da FCC de impor a neutralidade da rede, e foi concebida para reclassificar o serviço de Internet de banda larga como um serviço de telecomunicações ao abrigo do Título II da Lei das Comunicações de 1934. Essa reclassificação deu à FCC maior autoridade para regular os ISPs, e o pedido de Internet Aberta de 2015 colocou uma série de restrições aos ISPs com relação à forma como eles podem gerenciar o tráfego em suas redes.
O pedido de Internet Aberta 2015 proíbe os ISPs de bloquearem ou estrangularem tráfego legal, de se envolverem em priorização paga, ou de interferirem ou prejudicarem injustificadamente os consumidores ou provedores de conteúdo. A ordem também estabelece uma regra geral de conduta que dá à FCC autoridade para tomar medidas contra quaisquer práticas que considere prejudiciais para a Internet aberta.
A ordem foi recebida com críticas de alguns ISPs e membros do Congresso, que argumentaram que era um alcance excessivo da autoridade da FCC e que levaria a preços mais altos e menos inovação. No entanto, a ordem foi mantida por um tribunal federal de apelação em 2016, e tem permanecido em vigor desde então.